sábado, 30 de abril de 2011

Embrapa: conexão direta com o mundo da ciência agropecuária

Sabiia, Alice e Infoteca-e são os mais novos endereços que pesquisadores, estudantes, produtores e todos os públicos interessados nos resultados da ciência agropecuária têm à disposição a partir de agora. Os sistemas - lançados oficialmente no dia 26 de abril de 2011, durante as comemorações de aniversário da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) -, tem o objetivo de facilitar, cada vez mais, o acesso a conteúdos técnico-científicos em dois importantes sentidos para a transmissão do conhecimento: da Embrapa para o mundo e do mundo para dentro da Embrapa.

Concebidos, desenvolvidos e mantidos pelo projeto Acesso Aberto, parte do projeto Gestão da Informação Técnico-Científica da Embrapa (Ainfo), e da Comissão Permanente do Ainfo (CP-Ainfo), do Sistema Embrapa de Bibliotecas (SEB), as três ferramentas foram organizadas, editadas e publicadas pelos profissionais da Embrapa Informação Tecnológica e da Embrapa Informática Agropecuária.

Sabiia: O conhecimento de fora para dentro da Embrapa - Trata-se de uma ferramenta de busca de conteúdos resultantes da pesquisa científica em agricultura e áreas afins, em que o usuário define o assunto a ser pesquisado, seleciona os detalhes da pesquisa, o local onde deve ser feita, o período de publicação que mais interessa, o tipo de documento a ser pesquisado, o nome do autor e, ainda, o total de registros correspondentes a cada uma das categorias de busca.

O Sistema Aberto e Integrado de Informações em Agricultura, ou simplesmente, o Sabiia, é como um "funil virtual" que busca, coleta e centraliza dados de outros provedores (repositórios institucionais e temáticos, e periódicos científicos) de acesso aberto, destinado a facilitar o trabalho de pesquisadores, com a garantia de economia de tempo e a possibilidade de organização dos conteúdos resultantes das buscas em endereços eletrônicos nacionais e internacionais.

A concepção, o desenvolvimento e a evolução do Sabiia resultam de ações do projeto Acesso Aberto na Embrapa, de parte do projeto de Gestão da Informação Técnico-Científica da Embrapa (Ainfo), bem como do trabalho da Comissão Permanente do Ainfo (CP-Ainfo), no âmbito do Sistema Embrapa de Bibliotecas (SEB), coordenado pela Embrapa Informação Tecnológica.

O desenvolvimento do sistema ficou a cargo da Embrapa Informática Agropecuária, Unidade parceira da Embrapa Informação Tecnológica também no desenvolvimento dos produtos Agência de Informação Embrapa, Infoteca-e e Repositório Alice.

Construída com os software livres jOAI (Digital Library for Earth System Education) e Solr (The Apache Software Foundation), a interface do Sabiia tem hoje disponíveis mais de 193.780 documentos, indexados em 101 provedores de dados, entre os quais os periódicos Acta Botânica Brasílica, Acta Scientiarum, Acta Sociológica Argentina, Ecology and Society, bem como o Repositório Alice e a Revista Pesquisa Agropecuária Brasileira (PAB), ambos da Embrapa.

Ainda como recurso de consulta, o Sabiia conta, em sua página principal, com nuvens de tags que apontam para a frequência da incidência de conteúdos no site, as quais são, na verdade, links que levam a coleções de itens relacionados. 

Para mais informações, acesse: www.embrapa.br/sabiia

Alice  Da Embrapa para o mundo - O Repositório Acesso Livre à Informação Científica da Embrapa (Alice) reúne, organiza, armazena, preserva e dissemina, na íntegra, informações científicas produzidas por pesquisadores da Empresa e editadas em capítulos de livros, artigos em periódicos indexados, artigos em anais de congressos, teses e dissertações, notas técnicas, etc.

Por usar tecnologias padronizadas, adotadas pela comunidade científica mundial, o repositório é capaz de se comunicar, de forma transparente, com outros sistemas semelhantes, ou seja, é interoperável. Além disso, representa uma ferramenta de impacto, principalmente para o aumento da visibilidade dos resultados da pesquisa da Embrapa.

Para mais informações, acesse: www.embrapa.br/alice 

Infoteca-e: Tecnologia para todos os públicos - Resultado de mais um projeto de difusão do conhecimento, o serviço Informação Tecnológica em Agricultura (Infoteca-e) reúne e permite o acesso a informações sobre tecnologias produzidas pelos centros de pesquisa da Embrapa e por instituições parceiras. No endereço - www.embrapa.br/infoteca -, o usuário encontra coleções com conteúdos editados em forma de cartilhas, de livros, de programas de rádio (Prosa Rural) e de TV (Dia de Campo na TV), com linguagem adaptada a diversos públicos, entre eles produtores rurais, extensionistas, técnicos agrícolas, estudantes e professores de escolas rurais, cooperativas, etc. 

A Infoteca-e oferece também a lista completa de Unidades da Embrapa, a quantidade de documentos disponíveis em coleções de cada uma delas, com as respectivas autorias, datas de envio e arquivos para download. 

Para mais informações, acesse: www.embrapa.br/infoteca 

Fonte: Agrosoft
via http://pesquisamundi.blogspot.com

sábado, 16 de abril de 2011

Casca do café também é fonte de energia

Há mais no café do que o seu sabor, famoso mundialmente: o processamento dos grãos gera um resíduo que pode ser utilizado como fonte de energia, diminuindo custos e reduzindo a poluição ambiental.
Potencial energético do café
Durante o cultivo do café, aproximadamente dois milhões de toneladas de cascas de grãos são produzidas por ano no Brasil.
Esse subproduto normalmente vai para o lixo ou é usado para a forração dos terrenos dos cafezais, restituindo parte dos fertilizantes retirados pela planta.
Mas a casca do café tem um potencial energético que pode, em alguns casos, torná-la substituta da lenha, sendo uma opção mais barata e ecologicamente correta para empresas que usam a madeira na geração de energia.
Suprir as necessidades desse mercado significa cortar menos árvores e contribuir para a redução do desmatamento.
Eletricidade da biomassa
Para otimizar esse potencial, pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), liderados pelo engenheiro florestal Ailton Teixeira do Vale, fizeram um estudo para demonstrar a importância dos resíduos agroflorestais como fonte de energia, tanto para indústrias quanto em comunidades rurais.
"A casca do café, assim como outras biomassas, pode gerar eletricidade em termoelétricas, a partir da combustão em fornalhas, gerando energia na forma de calor, utilizado para a produção de vapor, que por sua vez é utilizado para a produção de energia elétrica e, em cogeração, outras energias como a mecânica", explica Vale.
Quando usada como combustível, a casca do café, assim como outros resíduos agroflorestais, tem inúmeras vantagens em relação aos combustíveis fósseis.
"Em primeiro lugar, é um combustível renovável, e os compostos liberados na sua combustão são sequestrados pelos novos plantios, fechando o ciclo do carbono, e, portanto, não contribuindo com o efeito estufa. Outra vantagem é a possibilidade de agregar valor a um resíduo que geralmente é descartado e, com isso, gerar emprego, renda e desenvolvimento social nas regiões onde a cultura do café é uma prática", explica o pesquisador.
Combustão, gaseificação e carvão
Espera-se que os dados obtidos a partir desse estudo possam ser utilizados para melhorar a gestão dos resíduos provenientes de biomassa e que isso possa abrir a possibilidade de uso na produção de energia em pequenas comunidades rurais e nas agroindústrias, a partir da combustão, da gaseificação ou da transformação em carvão vegetal, assim aumentando sua participação na Matriz Energética Brasileira.
A agregação de valor ao resíduo, gerando um novo produto, é bem-vinda ao diminuir a poluição do meio ambiente e possibilitar uma qualidade de vida melhor para as pessoas envolvidas no processo ou moradoras da região
"Além de agregar valor ao resíduo, [o uso dessa biomassa] demandará mão-de-obra, equipamentos, capitais, empresas de serviços e toda uma infraestrutura administrativa, industrial e comercial, elevando o nível econômico e beneficiando a sociedade", afirma Vale.
Substituição do petróleo por biomassa
O Brasil é referência internacional na substituição do petróleo por biomassa, embora o assunto esteja repleto de controvérsias.
O maior exemplo é o uso do etanol como combustível para veículos de passeio e de carga - que tem impactos sobre as terras agricultáveis e desbalanceamento do ciclo de nitrogênio, além de consumir água demais.
Na siderurgia, o uso de carvão vegetal na produção de ferro gusa é uma realidade há décadas - com constantes denúncias de uso de vegetação não-plantada, principalmente do cerrado.
Outra frente que tem crescido é a produção de energia elétrica em termoelétricas, principalmente nas usinas de açúcar e álcool e nas fábricas de celulose e papel, a partir de resíduos, com unidades movidas a bagaço de cana-de-açúcar, licor negro, restos de madeira, casca de arroz, biogás e carvão vegetal.
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