sexta-feira, 30 de julho de 2010

Médicos não estão preparados para atender vítimas de animais venenosos


Acidentes com animais venenosos

Os acidentes causados por animais venenosos, como cobras, escorpiões e aranhas, entre outros - foram tema de debate na 62ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que está se realizando em Natal.
Os pesquisadores apontaram o treinamento dos profissionais de saúde como a principal medida para melhorar o socorro a vítimas de picadas desses animais.
De 2006 a 2008, foram registrados mais de 100 mil acidentes provocados por animais venenosos no Brasil, sendo a maior parte, 27 mil, por cobras. Apesar do número elevado de casos, os cursos de medicina não oferecem formação nessa área.

Soroterapia
O tratamento dos pacientes é feito à base de soro, fabricado a partir do veneno dos próprios animais.
"É com treinamento que vamos saber se a soroterapia está funcionando", afirmou Luiz Eduardo da Cunha, diretor científico do Instituto Vital Brasil, laboratório produtor dos soros usados no tratamento.
O diretor reclama da falta de uma longa série de dados com registros dos acidentes e a efetividade da soroterapia.
O médico e professor da Universidade Federal do Pará (Ufpa), Pedro Pardal, tem a mesma opinião e destaca que o atendimento deve ocorrer em no máximo três horas após o acidente para evitar sequelas ou a morte.
Segundo ele, esse prazo é quase impossível de ser cumprido na Amazônia, onde as populações ribeirinhas vivem em locais distantes das unidades de saúde. "Se o médico não estiver preparado, o profissional vai dar o soro que não é adequado e não irá resolver o problema", afirmou o professor durante o simpósio.

Soro em pó
Para facilitar o socorro aos acidentados em regiões de difícil acesso, o médico defende a produção de soro em pó - que não necessita de refrigeração, ao contrário do líquido (usado atualmente), e pode ser levado a qualquer lugar.
No entanto, os pesquisadores revelam não há política governamental para estimular a produção do medicamento.
Por ano, cerca de 2,5 milhões de pessoas são picadas por cobras no mundo. Desse total, 85 mil morrem e 250 mil ficam com sequelas e complicações. Em 2009, os acidentes passaram a fazer parte da lista de Doenças Tropicais Negligenciadas (DTN), da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Picada de escorpião, picada de cobra, antídotos, Butantã, poison,

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Programa Dia de Campo na TV mostra tecnologia social para agricultura urbana

O tema principal do Dia de Campo na TV é Tecnologia social para agricultura urbana. O programa vai ao ar hoje (02/07/10), pelo Canal Rural (Net/Sky e internet) a partir das 9h30, com reprise às 15h30. E no dia 4, às 8h pela TV NBR (TV do Governo Federal, captada por cabo, parabólica ou internet).

A Embrapa Amazônia Oriental, sediada em Belém (PA), desenvolve um trabalho de tecnologia social para a agricultura urbana por meio do Núcleo de Responsabilidade Socioambiental (Nures), criado em agosto de 2009. As ações do Nures têm por base conceitos de economia solidária e comunitária, além do foco na gestão socioambiental.

A infraestrutura do Nures engloba uma baia de segregação de materiais e uma sala de reciclagem, além de um horto medicinal. As plantas medicinais cultivadas e o material reciclado geram produtos finais com procedência reconhecida e qualidade que se revertem em benefício das comunidades parceiras.

Os próprios empregados da Embrapa se beneficiam com essa conscientização. "Os colegas participam cada vez mais da coleta seletiva de lixo implantada na instituição há dois anos, um trabalho hoje feito em parceria com a Associação dos Recicladores das Águas Lindas", explica Augusto César Andrade, responsável técnico da Embrapa Amazônia Oriental junto ao Coep-Pará.

"Buscamos capacitar comunitários para serem multiplicadores capazes de promover a produção para consumo próprio ou comunitário, além de gerarem receita com a venda do excedente in natura e processado". Ações como estas começaram a ser realizadas pela Embrapa antes mesmo do Nures ser idealizado. Era o início sistemático da troca do antigo modelo de filantropia pelo de desenvolvimento e adoção de tecnologias sociais.

Um dos projetos de pesquisa mais originais nessa linha de responsabilidade social é o que resultou, já em 2008, na cadeia produtiva formada por ribeirinhos, quilombolas e comunitários urbanos para cultivo, conservação, manipulação, distribuição e comercialização de produtos naturais à base de plantas medicinais (xampu natural, creme anticelulite e pomada antiinflamatória).

Os ribeirinhos da Ilha do Combú e Santarém extraem os óleos das sementes de copaíba e andiroba. Os remanescentes de comunidades quilombolas da comunidade de Boa Vista do Itá, no município de Santa Izabel do Pará, treinados pela Embrapa e instituições parceiras, cultivam as plantas medicinais e confeccionam os produtos.

Os moradores das comunidades Paraíso Verde e Pantanal (do entorno da Embrapa em Belém) se encarregam de comercializar por meio de sua associação. Segundo o pesquisador Osmar Lameira, que coordena esse projeto e tem outro semelhante com uma comunidade de presidiários, "o preço de venda é justo e todos se beneficiam, do produtor ao consumidor".

O Dia de Campo na TV sobre Tecnologia social para agricultura urbana tem a produção da Embrapa Amazônia Oriental (Belém/PA) e Embrapa Informação Tecnológica (Brasília/DF), unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

COMO SINTONIZAR O PROGRAMA

Canal Rural
Net, Sky, Parabólica ou internet
A partir das 9h30 (com reprise às 15h30)

TV NBR
Canal do Governo Federal
Dia 11, às 7h - Saiba como acessar

TV Educativa de São Carlos (canal 48)
Ás quintas-feiras - 18h

TV Sete Lagoas
Às quintas-feiras - 22h

TV Itararé de Campina Grande (PB)
Aos sábados - 8h

Para aqueles que não puderem assistir ao programa, a Embrapa Informação Tecnológica disponibiliza cópias em DVD que podem ser adquiridas pelos telefones: (61) 3340-9999 ou (61) 3448-4236, ou pela Livraria Embrapa.

A matéria principal do programa pode ser vista também no site do Dia de Campo na TV. Nesta página você pode acessar a grade completa da programação, além de reportagens dos anos anteriores.

FONTE: Embrapa Amazônia Oriental
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