sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Energias renováveis devem responder por 45% da matriz brasileira em dez anos




Rio de Janeiro -- Com crescimento estimado de 5,1% ao ano, as fontes renováveis de energia devem passar de 43,1% para 45% da matriz Brasileira em 2021. A projeção está no Plano Decenal de Expansão de Energia, produzido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

O documento, que fica em consulta pública no Ministério de Minas e Energia até o dia 31 de outubro, traz as metas para adaptação do setor conforme prevê o Decreto 7.390/2010 que regulamenta a Política Nacional sobre Mudança do Clima.

De acordo com o presidente interino da EPE, Amilcar Guerreiro, a meta para o setor é não ultrapassar 680 milhões de toneladas de gás carbônico de emissões absolutas em 2020. Para que isso ocorra, foi feito o planejamento de crescimento de cada fonte de energia a longo prazo.

"Para uma parte do horizonte os leilões já estão feitos e estão com uma probabilidade de ocorrência muito alta. Claro que sempre tem a incerteza da demanda. Mas nos primeiros cinco, seis anos, boa parte da oferta já está basicamente definida. Agora, para completar o horizonte de dez anos, aí você tem exatamente o plano e, portanto, tem metas a serem atingidas".

Um dos destaques é o aumento da produção de energia eólica, que hoje não chega a 1.000 megawatts (MW). A meta é chegar a 16 mil MW em 2021. Segundo Guerreiro, uma parte já está leiloada e deve entrar em operação a partir do ano que vem. Outra oferta em ascensão é a das energias derivadas da cana-de-açúcar, tanto o etanol como o bagaço, com crescimento de 8,1% ao ano.

Mesmo com a previsão de aumento da participação do gás natural dos atuais 11% para 15,5% em 2021, devido à exploração na camada pré-sal, o presidente interino da EPE disse que as metas de emissão de gases de efeito estufa no setor energético serão mantidas. De acordo com ele, o mais importante é que as emissões não cresçam em uma proporção maior do que o crescimento da economia do Brasil.

"Com a evolução da demanda, com essa estratégia de oferta, você mantém, em 2020, a intensidade de carbono na economia. Quer dizer, você não está emitindo mais gás carbônico por unidade de PIB [Produto Interno Bruto]. A sua economia cresce, mas ela não fica emitindo mais do que proporcionalmente ao aumento da economia", declarou.

A meta é manter a intensidade de carbono na mesma proporção medida em 2005, ano em que foi feito o segundo inventário Brasileiro de emissões de gás carbônico.

O Plano Decenal da EPE prevê crescimento na capacidade instalada no Sistema Interligado Nacional de 56% até 2021, com destaque para a geração hidrelétrica, com a entrada em operação da Usina de Belo Monte. A malha de transmissão deve chegar a 150,5 quilômetros. Guerreiro lembra que o nível de atendimento de energia elétrica atualmente está muito perto de 100% e o crescimento é de 1,5 milhão de ligações residenciais por ano.

No setor de hidrocarbonetos, a produção de petróleo deve saltar de 2 milhões de barris por dia (bpd) para 5,43 milhões até 2021, com a entrada em operação de 90 plataformas de produção. Como a demanda projetada é de 2,89 milhões de bpd, o excedente de 2,54 milhões será destinado à exportação.

A previsão é que a oferta de energia não-renovável cresça 4,7% ao ano, enquanto a de energias renováveis aumente 5,1%. Com isso, será possível suprir a demanda, que deve crescer 4,7% ao ano até 2021. O investimento total estimado para os próximos dez anos é R$ 1 trilhão.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

BARU: Amêndoa de fruto do Cerrado supera peixes e outras castanhas



Amêndoa de baru
Mais que uma iguaria saborosa e nutritiva, o baru - fruto castanho do Cerrado pouco conhecido no país - tem alto potencial antioxidante.
Seus efeitos benéficos à saúde incluem a possibilidade de combater processos inflamatórios e doenças crônicas e degenerativas, como câncer, hipertensão, diabetes, artrite e enfermidades cardiovasculares.
A descoberta é da cientista de alimentos Miriam Rejane Bonilla Lemos, em um estudo desenvolvido em uma parceria entre a Universidade de Brasília e a Universidade Federal de Pelotas.

Melhor que peixe
A partir da análise de compostos bioativos em amêndoas de baru, a pesquisadora comprovou a eficiência desses fitoquímicos no controle dos radicais livres - apontados como responsáveis por inúmeras enfermidades.
"Nossos estudos em laboratório identificaram esses grupos com reconhecida ação contra as moléculas causadoras do estresse oxidativo", explica. "Os fitoquímicos contribuem como potentes agentes preventivos de doenças graves."
A pesquisadora descobriu também que os óleos da amêndoa do baru são mais ricos em ômega 3, 6 e 9, com 81% mais ácidos graxos insaturados que os próprios peixes, tão recomendados em dietas saudáveis.
"Em relação a seu potencial oxidativo, na família de leguminosas - pistache, amendoim, noz, macadâmia -, sem dúvida alguma, a amêndoa do baru se sobressai", diz.

Propriedades farmacológicas
"A pesquisa é um pontapé inicial no reconhecimento das propriedades farmacológicas do baru, geralmente mais estudado em seus aspectos nutricionais," afirmou a professora Egle Machado Siqueira.
Para ela, a identificação de altos níveis de fenólicos, antioxidantes mais poderosos que as vitaminas C e E, constitui, sem dúvida, uma grande contribuição científica.
Outro ponto positivo da pesquisa apontado pela professora Egle é a valorização do Cerrado, segundo maior bioma do Brasil, "flora ainda pouco notada em seu potencial produtivo", de acordo com o estudo.

domingo, 9 de setembro de 2012

Educando com a Horta Escolar (vídeo)


Todo mundo sabe que o hábito de uma alimentação saudável começa na infância. Por isso, o programa Educando com a Horta Escolar está repassando de forma lúdica às crianças ideias sobre meio ambiente e comida de qualidade. 23/08/12 -TV NBR - 3:09


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